(Reuters) - O Wal-Mart teve lucro trimestral acima do esperado e afirmou nesta quinta-feira que aumentos salariais na rede de varejo geraram uma experiência de compra melhor que ajudou a atrair mais clientes para suas lojas nos Estados Unidos.
O maior varejista do mundo também elevou sua previsão de lucro para o ano fiscal para entre 4,15 e 4,35 dólares a ação, incluindo um impacto de 5 centavos de dólar da aquisição da Jet.com, ante projeção anterior entre 4 e 4,30 dólares.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a empresa contrariou uma série de resultados fracos de competidores como a Target, Macy e Kohls.
O lucro por ação no segundo trimestre foi de 1,07 dólar, excluindo um ganho da venda do negócio de comércio eletrônico do Wal-Mart na China e outros itens, superando a estimativa média dos analistas em cinco centavos de dólar.
As receitas totais subiram 0,5 por cento, para 120,9 bilhões de dólares. As vendas nas lojas dos Estados Unidos abertas a pelo menos um ano subiram 1,6 por cento, excluindo preços de combustíveis, superando as estimativas.
As vendas internacionais caíram 6,6 por cento, para 28,6 bilhões de dólares, mas cresceram 2,2 por cento descontado o efeito cambial.
Na área internacional, o diretor financeiro da empresa, Brett Biggs, destacou que a varejista apresentou sólida performance no segundo trimestre. Segundo ele, nove de 11 mercados apresentaram vendas comparáveis positivas, sendo que em seis deles as vendas cresceram mais do que 4 por cento.
No caso do Brasil, o executivo destacou que, apesar da recessão econômica em andamento, houve crescimento de 4,7 por cento nas vendas comparáveis. "Nosso formato de atacado continuar a apresentar um bom desempenho e registrou forte crescimento novamente neste trimestre."
Segundo Biggs, o Wal-Mart concluiu no trimestre passado a integração dos sistemas de suas lojas no Brasil, o que permitirá que todas as bandeiras do grupo operem sob um único sistema financeiro. "Isso permite melhor visibilidade, melhor alinhamento de esforços de marketing e reforça os programas de governança".
(Por Nandita Bose)