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Investing.com — O Wells Fargo (NYSE:WFC) recomendou nesta terça-feira que investidores considerem reduzir a exposição a ações de mercados emergentes após o desempenho recente acima da média, classificando a movimentação como uma oportunidade interessante para quem está excessivamente posicionado nesse segmento.
Apesar do avanço de 6,9% do MSCI Emerging Markets Index no acumulado do ano, frente à retração de 3,3% do S&P 500, o banco mantém uma visão cautelosa em relação a esses mercados.
Os analistas argumentam que o histórico de retorno das ações emergentes tem sido limitado: os lucros acumulados desde 2007 praticamente não evoluíram, e o índice segue cerca de 15% abaixo das máximas anteriores à crise financeira global.
Entre os fatores estruturais que dificultam uma visão mais construtiva, o Wells Fargo cita instabilidade política e econômica, fragilidades na governança corporativa, riscos regulatórios distintos entre os países, além do alto endividamento da China, desaceleração econômica e crise no setor imobiliário local.
Embora reconheça que a valorização recente tenha sido favorecida por indicadores econômicos ligeiramente mais robustos, estímulos chineses, alguma estabilização nas projeções de lucro e um dólar menos valorizado, o banco alerta para um excesso de otimismo no curto prazo.
As crescentes tensões comerciais são apontadas como um obstáculo adicional, ampliando os desafios para os mercados emergentes.
Na contramão, o Wells Fargo prefere ações de mercados desenvolvidos, que, segundo a instituição, contam com arcabouço regulatório mais estável e, no caso da Europa, podem se beneficiar de políticas fiscais mais expansionistas.
A recomendação é realocar portfólios para ações Large Caps e Mid Caps dos EUA, ou ainda para mercados desenvolvidos fora dos Estados Unidos, mantendo o nível total de exposição em renda variável.
Como alternativa de redução de risco, o banco sugere alocações complementares em commodities ou instrumentos de renda fixa selecionados.