Por Chris Prentice e Hannah Lang
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Proteção Financeira ao Consumidor dos Estados Unidos impôs nesta terça-feira multa recorde ao banco Wells Fargo (BVMF:WFCO34) (NYSE:WFC), como parte de um acordo de 3,7 bilhões de dólares para encerrar acusações de má administração generalizada de empréstimos.
O órgão regulador ordenou que o banco pague uma multa civil de 1,7 bilhão de dólares, e outros 2 bilhões como forma de reparo às mais de 16 milhões de contas de clientes afetadas pelas violações, disse o departamento em comunicado.
O banco cobrou ilegalmente taxas e juros sobre empréstimos para automóveis e hipotecas, confiscou carros indevidamente e impôs cobranças aos clientes, entre outros problemas, disse o órgão.
"O Wells Fargo é um reincidente corporativo que colocou um terço dos lares norte-americanos em risco", disse o diretor da entidade, Rohit Chopra, a jornalistas. "Estamos preocupados com o fato de que os lançamentos de produtos do banco, as iniciativas de crescimento e outros esforços para aumentar os lucros atrasaram uma reforma necessária de seus negócios."
Chopra acrescentou que os reguladores devem considerar a eventual aplicação de limitações adicionais ao banco além do limite de 1,95 trilhão de dólares em ativos que Federal Reserve impôs em 2018. Segundo o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, esse teto permanecerá em vigor até que os problemas do Wells Fargo sejam resolvidos.
O Wells Fargo disse que o acordo resolverá problemas pendentes há vários anos e afirmou em comunicado que "acelerou ações corretivas" desde 2020.
(Reportagem adicional de Manya Saini, em Bengaluru, e Saeed Azhar, em Nova York)