A fabricante norueguesa Yara Fertilizantes (OL:YAR) reverteu o prejuízo líquido de US$ 143 milhões (US$ 0,56 por ação) registrado no terceiro trimestre de 2021, para um lucro líquido de US$ 402 milhões no terceiro trimestre de 2022. O lucro por ação excluindo variações do câmbio e itens especiais foi de US$ 2,00 por ação, ante valor de US$ 1,33 por ação no terceiro trimestre de 2021.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 40,9%, para US$ 1,057 milhão. Ao excluir itens especiais, o Ebitda do terceiro trimestre deste ano foi 30,8% maior quando comparado com igual intervalo de 2021, para US$ 1,001 milhão.
"O modelo de negócios da Yara provou sua resiliência por décadas e continua a funcionar bem, apesar de um ambiente operacional desafiador com extrema volatilidade de preços e cortes de plantas na Europa", disse o presidente e CEO da Yara, Svein Tore Holsether. "Nossos retornos estão em alta, com margens fortes mais do que compensando entregas mais baixas, graças aos esforços de toda a nossa organização", acrescentou, destacando a preocupação da empresa com a situação do fornecimento de alimentos e fertilizantes na Europa e no mundo. "Repetimos nosso apelo por ações urgentes para reduzir a dependência da Rússia", destacou.
As entregas de produtos da companhia foram 20,4% menores em comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, e atingiram 7,937 milhões de toneladas. A Yara informou que o recuo nas entregas no terceiro trimestre foi compensado por margens com retornos aprimorados em todos os segmentos comerciais. A produção de fertilizantes acabados da companhia no período registrou baixa de 15,6%, para 4,601 milhões de toneladas, enquanto a produção de amônia caiu 15,8%, para 1,531 milhão de toneladas.
Segundo a Yara, há perspectiva de oferta apertada para o mercado. "Na Europa, os estoques de fertilizantes permanecem em níveis historicamente baixos, e existe o risco de escassez de nitrogênio e picos de preços durante o inverno, especialmente se a disponibilidade de gás natural se deteriorar", afirma a empresa.
A Yara afirma que o modelo de negócios é resiliente e continua a gerar retornos robustos e alinhados com sua política de alocação de capital. O Conselho também afirmou que deve considerar recompras de ações nos próximos trimestres.