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Zuckerberg avaliou comentar sobre Cambridge Analytica em 2017, mostram depoimentos

Publicado 20.12.2022, 16:10
© Reuters. Presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, fala durante a conferência anual de segurança de Munique, Alemanha. 15/02/2020. REUTERS/Andreas Gebert
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Por Paresh Dave

OAKLAND, EUA (Reuters) - Mark Zuckerberg avaliou dizer em um discurso em 2017 que o Facebook estava investigando "organizações como a Cambridge Analytica", de acordo com detalhes de um depoimento dele para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

Porém, ele decidiu retirar do discurso a referência à consultoria política que coletou dados de milhões de usuários da rede social antes das eleições presidenciais de 2016 nos EUA. O movimento, não divulgado anteriormente, pode adicionar combustível às alegações de acionistas de que Zuckerberg e outros executivos esconderam informações do público sobre um dos seus maiores escândalos de privacidade.

Entender quando os executivos da Meta (BVMF:M1TA34)(NASDAQ:META) souberam de questões relacionadas à Cambridge Analytica, e como responderam a elas, é fundamental para processos em andamento nos Estados norte-americanos da Califórnia e Delaware. Neles, acionistas alegam que os executivos do Facebook violaram deveres fiduciários, e consumidores dizem que o manuseio de suas informações privadas foi incorreto.

Os advogados de ambos os grupo não comentaram.

O Facebook, agora chamado de Meta, ordenou à Cambridge Analytica em 2015 que excluísse as informações coletadas dos usuários de forma inadequada e disse que considerava o assunto resolvido até março de 2018, quando surgiram novas preocupações.

Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, reiterou esse cronograma e observou que foi desaconselhado a nomear organizações em seu discurso em 2017, de acordo com a transcrição do depoimento dele em fevereiro de 2019 que a Reuters obteve este mês por meio de um pedido de registros públicos.

Partes do depoimento foram removidas, e não fica claro o motivo pelo qual Zuckerberg propôs fazer referência à Cambridge seis meses antes das acusações adicionais virem à tona. No depoimento, ele também reconheceu ter pedido a colegas em janeiro de 2017 para avaliar as alegações da influência da Cambridge sobre as eleições.

A Meta não comentou sobre os trechos removidos. A empresa ainda disse que seu caso com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) foi encerrado há mais de três anos.

Reportagens da mídia em março de 2018 sugeriram que a Cambridge continuou aproveitando os dados do Facebook, o que levou a investigações do governo relacionadas a práticas de proteção de dados. O Facebook encerrou esses processos nos EUA por meio de acordo de ao menos 5,1 bilhões de dólares.

A SEC, como parte de sua investigação já encerrada, perguntou a Zuckerberg em depoimento sobre um rascunho de discurso que ele escreveu, no qual menciona possível interferência da Rússia nas eleições de 2016 por meio do abuso dos serviços do Facebook.

No esboço obtido pela SEC, Zuckerberg propôs dizer: "Já estamos investigando atores estrangeiros, incluindo inteligência russa, atores em outros ex-estados soviéticos e organizações como Cambridge Analytica".

Ele, porém, disse o seguinte, segundo transcrições de seu discurso transmitido ao vivo: "Estamos investigando atores estrangeiros, incluindo outros grupos russos e outros ex-estados soviéticos, bem como organizações como as campanhas".

© Reuters. Presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, fala durante a conferência anual de segurança de Munique, Alemanha. 15/02/2020. REUTERS/Andreas Gebert

Zamaan Qureshi, consultor de políticas do grupo de defesa do consumidor The Real Facebook Oversight Board, disse que o depoimento deve aumentar as dúvidas dos usuários sobre a Meta.

"As tentativas de encobrir apenas vão além para mostrar que é difícil confiar na liderança da empresa", disse Qureshi.

(Reportagem adicional de Chris Prentice)

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