Por Jorge Garcia e Alan Devall
(Reuters) - Cuidado, Lionel Messi. Artemis está pronto. Com 1,42 m e 38 kg, o Artemis é um robô pioneiro desenvolvido por engenheiros mecânicos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e está preparado para entrar em campo.
Usando tecnologia de ponta, Artemis, que significa Advanced Robotic Technology for Enhanced Mobility and Improved Stability, pode manter seu equilíbrio contra chutes e empurrões pesados, resistir a objetos lançados contra ele e é capaz de correr. Mas o que diferencia Artemis além disso é sua capacidade de chutar uma bola.
"Se o seu robô não pode nem jogar uma partida de futebol, como você poderia usar esses robôs para coisas mais importantes, como salvar a vida das pessoas?", disse Dennis Hong, professor de engenharia mecânica e aeroespacial e diretor do Laboratório de Robótica e Mecanismos (RoMeLa) da UCLA, que desenvolveu o Artemis.
As tecnologias usadas para robôs que jogam futebol também estão sendo usadas para outras aplicações, como combate a incêndios e socorro a desastres, afirmou Hong.
Embora Artemis não possa estar na próxima Copa do Mundo da Fifa, a equipe de Hong revelará todas as suas capacidades de futebol na RoboCup em Bordeaux, França, em julho.
A principal inovação do robô é que os engenheiros projetaram seus estimuladores - dispositivos que geram movimento a partir da energia - para se comportarem como músculos biológicos. Eles são elásticos e controlados por força, em vez dos estimuladores rígidos e controlados por posição que a maioria dos robôs possui.
O aluno do RoMeLa Justin Quan disse que seu objetivo pessoal é criar robôs que melhorem a vida das pessoas.
"Ver esses robôs ajudando a levar a tecnologia robótica para o próximo nível é realmente gratificante porque você pensa, oh, o sonho está se aproximando", afirmou ele.