👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Associação de defesa de direitos de consumidores questiona novos termos de uso do WhatsApp

Publicado 03.10.2016, 16:23
Atualizado 03.10.2016, 16:30
© Reuters.  Associação de defesa de direitos de consumidores questiona novos termos de uso do WhatsApp

SÃO PAULO (Reuters) - A Proteste, associação de defesa dos consumidores, questionou o Facebook sobre os novos termos de uso do aplicativo de comunicação WhatsApp, que a entidade alega que não deixam claro aos usuários sobre eventuais riscos à privacidade e violam o do Marco Civil da Internet.

A entidade, que possui cerca de 250 mil consumidores associados, enviou à rede social na cidade de São Paulo um comunicado em que cobra explicações sobre quais dados dos usuários do WhatsApp serão coletados e compartilhados a partir da mudança nos termos de uso do aplicativo, ocorrida no final de agosto.

"Apesar do WhatsApp e o Facebook dizerem que as conversas no aplicativo são criptografadas, não está claro se as conversas estão sendo compartilhadas com terceiros. Do jeito que está, qualquer dado enviado ou recebido pode ser usado pelo WhatsApp", afirmou Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

"Os consumidores estão confusos, não sabem direito o que fazer. Receberam a comunicação (dos novos termos do WhatsApp), mas não sabem se continuam usando o serviço", afirmou.

O pedido de explicações à rede social ocorreu depois que o Comissariado de Proteção de Dados e Liberdade de Informação de Hamburgo, na Alemanha, afirmou na semana passada que o Facebook está infringindo a legislação alemã de proteção de dados e que não obteve aprovação efetiva dos 35 milhões de usuários do WhatsApp na Alemanha para os novos termos de uso do aplicativo.

O comissariado determinou que a empresa tem que parar de coletar e armazenar dados de usuários do WhatsApp na Alemanha e apagar todas as informações já recebidas. O Facebook afirmou que vai recorrer da decisão e que cumpre com a legislação de proteção de dados da União Europeia. [nL2N1C31V8]

Segundo a Proteste, a entidade vai esperar 10 dias úteis por um retorno do Facebook sobre as dúvidas em torno do WhatsApp. Eventuais questionamentos judiciais sobre violação do Marco Civil da Internet não estão descartados, segundo Maria Inês Dolci. Ela acrescentou que uma solução amigável, em que a empresa seja mais clara ao explicar os novos termos para os usuários, pode ser alcançada.

Representantes do Facebook no Brasil não puderam comentar o assunto de imediato. A empresa comprou o WhatsApp em 2014 por cerca de 20 bilhões de dólares.

"A dúvida é: se o argumento do WhatsApp para não atender aos pedidos da Justiça sobre informações trocadas pelo aplicativo era a inacessibilidade por estarem criptografados, agora compartilhará quais dados?", questiona a Proteste. A entidade fez referência a episódios recentes em que a Justiça brasileira suspendeu o uso do WhatsApp em todo o Brasil por não ver cumpridas ordens que pediam informações de alguns usuários do aplicativo.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.