Por Uday Sampath Kumar e Emma Thomasson
(Reuters) - Manifestantes pediram que as pessoas queimassem seus tênis Nike e boicotassem a fabricante de artigos esportivos após a empresa escolher o ex-quarterback do San Francisco, Colin Kaepernick, primeiro jogador da NFL a se ajoelhar durante o hino nacional dos Estados Unidos, em protesto contra o racismo, para participar de uma nova campanha publicitária.
A ação da Nike caiu mais de 2 por cento depois que Kaepernick publicou no Instagram uma foto dele com o logotipo da empresa, o slogan "Just do it" e com os dizeres: "Acredite em algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo".
Kaepernick será um dos vários rostos de uma campanha que marca o 30º aniversário do slogan "Just Do It" da Nike. Ele é patrocinado pela empresa desde 2011, mas já negociou um novo contrato com a marca norte-americana, que inclui um calçado e roupas exclusivos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem criticado atletas que se ajoelham durante o hino nacional e disse que adoraria ver os donos da NFL demitirem os jogadores que desrespeitem a bandeira norte-americana.
A Nike é apenas a mais recente marca esportiva a enfrentar pedidos de boicote, que, segundo analistas do setor, podem afastar alguns clientes, enquanto conquistam outros.
Às 16h55 (horário de Brasília), as ações da empresa recuavam 2,5 por cento.
(Por Uday Sampath Kumar e Emma Thomasson)