LONDRES (Reuters) - O novo Centro Nacional de Cibersegurança da Grã-Bretanha (NCSC, na sigla em inglês) convidou empresas do setor privado para treinar e colaborar com seu sistema de defesa contra ataques virtuais, depois de ter sua sede formalmente inaugurada nesta terça-feira pela rainha Elizabeth.
O NCSC iniciou as operações em setembro do ano passado e está sendo transferido para uma nova sede em Victoria, na região central de Londres. A iniciativa "NCSC Industry 100" buscará agregar participantes da indústria, a fim de identificar ameaças e vulnerabilidades, além de desenvolver dispositivos para combater ataques.
O chefe da NCSC, Ciaran Martin, afirmou que a Grã-Bretanha foi alvo de 188 ataques virtuais nos últimos três meses e alertou que existe chance de uma grande invasão no futuro.
O centro atualmente prevê que o programa - que agregará 100 pessoas do setor privado até o fim do ano financeiro 2017/2018 - seja financiado pela indústria.
A colaboração com o setor privado já está em andamento, com a gigante aeroespacial Lockheed Martin (NYSE:LMT) anunciando que apoiará um programa de estudo que tem como alvo os alunos que ingressam na universidade.
O NCSC faz parte de um programa de 1,9 bilhão de libras (2,4 bilhões de dólares) para aumentar a segurança cibernética na Grã-Bretanha e compõe a organização de inteligência e segurança do governo britânico.
Atualmente, o centro investiga o ataque contra o Tesco (LON:TSCO) Bank, que teve 2,5 milhões de libras desviados.
(Por Ritvik Carvalho)