BERLIM (Reuters) - A distribuidora de uma boneca proibida por autoridades alemãs devido a riscos de segurança disse nesta segunda-feira que o brinquedo não é um "dispositivo de espionagem" e que seus advogados vão contestar a proibição de venda no tribunal.
A Agência Federal da Rede proibiu na sexta-feira a boneca Cayla, e recomendou aos pais que compraram o brinquedo para que seus filhos que o destruam, porque o software interno pode ser invadido, permitindo que dados pessoais sejam revelados.
A distribuidora alemã da boneca que fala, Vivid GmbH, disse que está levando as alegações "muito a sério", mas não compartilha a opinião de que Cayla viola leis de espionagem da Alemanha.
"Ela não é um dispositivo de espionagem e pode ser usada com segurança em todos os aspectos de acordo com o manual do usuário", disse a empresa em um comunicado em resposta a pedido da Reuters.
Por isso, a Vivid vai questionar legalmente a decisão das autoridades alemãs de proibir a boneca, afirmou.
A vigilância é uma questão delicada na Alemanha, onde a polícia secreta da Stasi, na Alemanha Oriental, e a Gestapo nazista, vigiavam de perto a população.
(Reportagem de Michael Nienaber)