WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, revelou nesta quarta-feira medidas de segurança para voos internacionais que chegam ao país no que autoridades disseram ser um movimento que visa acabar com uma proibição limitada de laptops e outros grandes dispositivos eletrônicos em voos e impedir sua expansão para mais aeroportos.
As novas medidas, que autoridades europeias e norte-americanas disseram que começariam a surtir efeitos dentro de três semanas, podem impor tempo de triagem adicional para os 325 mil passageiros de aviões que chegam aos Estados Unidos diariamente.
"Inação não é uma opção", disse Kelly a jornalistas, acrescentando que acredita que as companhias aéreas vão cumprir com as novas medidas de triagem. Porém, ele afirmou que as medidas não serão as últimas para ampliar a segurança.
A decisão de não impor novas restrições a computadores é um estímulo para as companhias aéreas norte-americanas e europeias, que estavam preocupadas com uma possível expansão da proibição para a Europa e outras localidades, algo que poderia causar problemas logísticos significativos e desencorajar algumas viagens.
As autoridades norte-americanas estão exigindo triagem aprimorada de dispositivos eletrônicos pessoais, passageiros e detecção de explosivos envolvendo cerca de 2 mil voos comerciais que chegam diariamente aos EUA.
Autoridades de segurança interna disseram aos jornalistas que esperavam que mais de 99 por cento das companhias aéreas aprovem o novo plano, uma ação que efetivamente acabará com a controvertida proibição de eletrônicos.
Autoridades europeias e norte-americanas disseram à Reuters que as companhias aéreas têm 21 dias para implementar triagem aprimorada para detecção de explosivos e 120 dias para cumprir outras medidas de segurança, incluindo rastreio aprimorado dos passageiros.