TRIPOLI (Reuters) - O Facebook (NASDAQ:FB) foi bloqueado na capital líbia de Trípoli e em outras cidades, disseram moradores nesta segunda-feira, enquanto as lutas entre grupos rivais se alastravam.
A rede social é a principal plataforma de notícias na Líbia com funcionários, ministérios e grupos armados que efetivamente controlam o país publicando declarações lá.
O bloqueio começou ao meio-dia, escreveram usuários furiosos no Twitter (NYSE:TWTR). Vários moradores da Líbia confirmaram que não tinham acesso ao Facebook.
Trípoli foi abalada por mais de uma semana de confrontos entre grupos rivais, o mais recente episódio de caos no país do norte da África desde a queda de Muammar Gaddafi, em 2011.
Não houve resposta clara dos funcionários sobre quem estava por trás do bloqueio. Os sites que não são do Facebook podem ser acessados, disseram os moradores.
A empresa líbia LPTIC, doma das duas empresas estatais de telecomunicações, disse em comunicado que a falta de segurança levou a interrupções. Os engenheiros de manutenção não conseguiram chegar a algumas estações que haviam parado de funcionar devido à falta de energia.
O acesso à internet é controlado por empresas estatais e monitorado por órgãos de segurança efetivamente controlados por grupos armados que trabalham com o impotente governo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Trípoli.
Jornais não desempenham nenhum papel na Líbia e a mídia nacional independente baseada dentro do país dificilmente existe, com jornalistas enfrentando ameaças de grupos armados ou funcionários descontentes com a cobertura crítica.
(Por Ahmed Elumami e Ulf Laessing)