(Reuters) - O Facebook disse nesta sexta-feira que não permitirá mais que certos anunciantes excluam grupos étnicos ou raciais quando publicarem anúncios, após críticas de que a prática era discriminatória.
A mudança acontece em meio à observação cada vez mais criteriosa sobre como as políticas e algoritmos da maior rede social do mundo aparecem no feed de notícias de um usuário.
A vitória inesperada de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos esta semana levantou questionamentos sobre quantos eleitores foram seduzidos por notícias imprecisas ou enganosas compartilhadas no Facebook, a maioria em favor de Trump.
O Facebook impedirá o uso da ferramenta de anúncios chamada "afinidade étnica" para anúncios oferecendo casas, empregos e extensão de crédito, áreas em que certos grupos têm enfrentado discriminação historicamente, disse o Facebook em uma mensagem em um blog.
"Existem muitos usos não discriminatórios de nossa solução de afinidades étnicas nestas áreas, mas nós decidimos que podemos evitar a discriminação de forma melhor ao suspender estes tipos de anúncios", escreveu a diretora de privacidade do Facebook, Erin Egan.
A empresa disse que ele agora usará ferramentas que automaticamente detectam e desativam anúncios que estão oferecendo casas, empregos ou crédito e que se apoiam em afinidade étnica, disse Egan, O Facebook também atualizará suas políticas para solicitar mais explicitamente que os anunciantes não adotem propragandas discriminatórias.
(Por Dustin Volz e Aishwarya Venugopal; reportagem adicional por Kristina Cooke)