BRUXELAS (Reuters) - O Google, da Alphabet, recebeu um prazo até o final de outubro, a quarta extensão, para refutar acusações antitruste da União Europeia de que usa seu sistema operacional móvel Android para bloquear concorrentes, disse a Comissão Europeia nesta segunda-feira.
A Comissão Europeia afirmou em abril que a exigência da gigante de tecnologia dos Estados Unidos para que fabricantes de celulares pré-instalassem o Google Search e o navegador Google Chrome em seus smartphones para acessar outros aplicativos do Google prejudica os consumidores e a concorrência.
O regulador da UE tinha inicialmente fixado como prazo 27 de julho para o Google para responder às acusações. Este prazo tinha sido prorrogado por três vezes, a pedido da empresa, com o prazo anterior em 20 de setembro.
Os novos prazos são 31 de outubro para o caso Android e 26 de outubro e 13 de outubro para os casos relativos à publicidade vinculada a buscas online e para fazer compras.
No caso de compras, o Google foi acusado de favorecer o seu serviço de compras sobre o de rivais nos resultados de busca na internet, enquanto o caso AdSense centra-se em medidas da empresa que bloqueiam concorrentes na publicidade vinculada a buscas online.
"Em cada um desses casos, o Google pediu mais tempo para analisar os documentos nos autos. De acordo com a prática habitual, a Comissão analisou as razões para o pedido e concedeu uma extensão permitindo ao Google exercer plenamente os seus direitos de defesa", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia Ricardo Cardoso em um e-mail.
O Google pode ser multado em até 7,4 bilhões de dólares por cada caso se for considerado culpado por quebrar as regras da UE.
(Reportagem de Foo Yun Chee)