VILNIUS (Reuters) - Uma juíza da Lituânia disse que quer mais informações dos Estados Unidos antes de decidir sobre a extradição de um cidadão lituano acusado de roubar duas empresas de internet baseadas nos EUA em mais de 100 milhões de dólares através de um esquema de emails fraudulentos.
O lituano Evaldas Rimasauskas está em custódia desde abril a pedido dos procuradores norte-americanos. Ele nega as alegações e está lutando contra a extradição, disse seu advogado à Reuters.
O tribunal quer uma lista detalhada com as acusações contra Rimasauskas e evidências para apoiá-las, e deu à acusação dois meses para apresentar esse material, segundo a porta-voz do tribunal.
De acordo com a acusação apresentada pelos Estados Unidos em março, Rimasauskas é acusado de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, cada uma com pena máxima de 20 anos, e roubo de identidade, que tem pena mínima de dois anos.
Mas o advogado Linas Kuprusevicius disse à repórteres que a tradução fornecida pelos EUA foi tão ruim que a juíza não conseguiu entender se Rimasauskas pode enfrentar pena de morte. E a Lituânia, que não tem pena capital, não extradita pessoas aos Estados Unidos se elas correm o risco de serem executadas.
Rimasauskas é acusado por um esquema que enviou emails à funcionários de duas empresas norte-americanas pedindo que transferissem dinheiro que eles realmente deviam a vendedores asiáticos para as contas de companhias na Letônia e Chipre. As companhias tinham os mesmos nomes dos vendedores, mas eram controladas por Rimasauskas.
(Por Andrius Sytas)