Por Paul Carsten
PEQUIM (Reuters) - Nem todo mundo ama o Pokémon Go, o game que se tornou sucesso mundial mesmo tendo sido lançado em alguns poucos países apenas uma semana atrás.
O jogo de realidade aumentada, no qual jogadores andam na vida real para perseguir e caçar personagens virtuais em seus smartphones, tem sido apontado nos Estados Unidos como a causa de uma série de roubos e acidentes automotivos por distrair os usuários.
E embora o jogo ainda não esteja oficialmente disponível na China, o maior mercado mundial de celulares e de games online, algumas pessoas já temem que o jogo possa se tornar um Cavalo de Tróia para uma ação ofensiva dos EUA e do Japão.
"Não joque Pokémon Go", disse o usuário Pitaorenzhe no site chinês de microblogs Weibo. "Com isso, os EUA e o Japão poderão explorar as bases secretas da China!"
A teoria da conspiração é que a empresa japonesa Nintendo, uma das donas da franquia Pokémon, e o Google, dos EUA, podem descobrir onde estão as bases militares chinesas, ao ver onde usuários não capturam personagens Pokémon.
O game utiliza serviços do Google como os mapas.
A teoria é que se a Nintendo colocar Pokémons raros em áreas onde as empresas veem que os jogadores não estão indo, e ninguém tenta capturar as criaturas, pode-se deduzir que o local tem acesso restrito, sendo potencialmente uma área militar na China.
"Então, quando a guerra irromper, o Japão e os EUA podem facilmente direcionar seus mísseis guiados, e a China terá sido destruída pela invasão de um jogo japonês-americano", disse um post quer circulou no Weibo.
O Ministério de Relações Exteriores chinês disse desconhecer relatos de que o Pokémon Go possa ser um risco para a segurança, sem dar mais detalhes. Outros representantes do governo chinês não responderam a pedidos de comentários sobre o assunto.