BUENOS AIRES (Reuters) - A cidade de Buenos Aires prometeu punir o Uber Technologies, nesta quinta-feira, por desrespeito à proibição de operar, e o presidente Mauricio Macri mostrou solidariedade aos taxistas, com a empresa de serviço urbano de transporte privado abrindo uma nova frente em sua disputa com a indústria de táxis.
O lançamento do Uber em Buenos Aires esta semana coincidiu com protestos disseminados por taxistas da cidade, além de ameaças de autoridades, ecoando a resistência que a empresa norte-americana tem enfrentando em muitas das mais de 400 cidades em que opera no mundo.
"Já ordenamos que o serviço seja encerrado", disse o Secretário de Transportes da cidade, Juan José Méndez. "Se eles continuarem operando, isto se tornará um assunto criminal."
Os taxistas e autoridades da cidade acusam o Uber de violar a regulamentação local e arriscar a segurança dos passageiros ao oferecer corridas com motoristas que não têm licenças de táxis. O Uber disse que as leis argentinas permitem o serviço.
"O Uber continua a operar normalmente... Não foi proibido, suspenso ou encerrado", disse a empresa em declaração nesta quinta-feira.
"Eu apoio a posição do governo municipal ao defender os taxistas. Eles são um símbolo da cidade e da Argentina", disse Macri, que foi prefeito de Buenos Aires antes de assumir a presidência, aos jornalistas.
(Por Walter Bianchi; texto e reportagem adicional por Brad Haynes)