Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de tecnologia da informação Tivit Terceirização de Processos, Serviços e Tecnologia contratou bancos para retomar planos de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
A Tivit, que é controlada pela empresa britânica Apax Partners LLP, abandonou os planos de um IPO em setembro do ano passado, após investidores considerarem muito alto o valor de 4 bilhões de reais proposto pela companhia.
As unidades de banco de investimentos do BTG Pactual (SA:BPAC11), Itaú Unibanco, Banco Bradesco (SA:BBDC4) e JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM) foram contratadas para coordenar o IPO, segundo as fontes.
Os recursos provenientes da oferta serão destinados aos cofres da Apax, que pagou 1,7 bilhão de reais para comprar a Tivit em meados de 2010 dos então acionistas controladores Votorantim e Pátria Investimentos.
A Tivit, que fornece serviços de computação em nuvem e infraestrutura de tecnologia da informação em 10 países da América Latina, provavelmente aguardará o resultado das eleições presidenciais de outubro para protolocar o pedido de IPO, disse uma das fontes.
A companhia reportou lucro líquido de 66,8 milhões de reais em 2017, alta de 5,1 por cento em relação ao ano anterior. O lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), excluindo itens extraordinários, um termômetro do desempenho operacional, subiu 21,9 por cento, para 393,6 milhões de reais.
Outras companhias brasileiras, como o banco de varejo Banco BMG, também estão acelerando os planos de IPO, conforme banqueiros consideram que pode haver uma oportunidade para ofertas quando os investidores descobrirem quem será o novo presidente.
A certeza que a votação proporciona, mesmo que o vencedor não seja o favorito do mercado, deve permitir a precificação das ofertas, disseram as fontes.
Tivit, BTG Pactual e Apax não comentaram imediatamente o assunto. Bradesco, Itaú e JPMorgan se recusaram a comentar.