Por Makiko Yamazaki
TÓQUIO (Reuters) - A Toshiba Corp disse nesta quarta-feira que concordou em concentrar na venda de sua valiosa unidade de chips para um grupo liderado pelo Bain Capital e a fabricante de chips sul-coreana SK Hynix, embora não descarte um acordo com outros interessados.
O anúncio veio depois que fontes disseram à Reuters na terça-feira que a Toshiba estava favorecendo agora o grupo Bain depois de não conseguir superar desentendimentos com a rival Western Digital.
Esta quarta-feira marca a terceira vez que o conglomerado japonês não consegue cumprir um prazo para vender seu negócio de 18 bilhões de dólares - o segundo maior produtor mundial de chips de memória Nand.
Sem um acordo em breve, será difícil para a Toshiba obter até o fim do ano fiscal em março aprovação regulatória da venda e consequentemente os recursos necessários para cobrir bilhões em passivos da unidade nuclear dos Estados Unidos.
A Toshiba disse em um comunicado que assinou um memorando de entendimento com o Bain para acelerar as discussões e que espera chegar a acordo no final de setembro. Mas acrescentou que o memorando não era juridicamente vinculativo e não impede que negocie com outras partes.
Um representante da Bain não estava imediatamente disponível para comentar, enquanto a SK Hynix se recusou a comentar.
A Western Digital, que investe conjuntamente na unidade de chips de memória Nand da Toshiba, mas que tem estado em conflito com a empresa japonesa durante grande parte da venda - disse que estar desapontada, além de surpresa com o desenvolvimento devido a sua posição legal.
"Continuamos confiantes em nossa capacidade de proteger os interesses de nossa joint venture e direitos de consentimento", afirmou a empresa em comunicado.
Fontes disseram que as discussões com a Western Digital enfraqueceram depois que a Toshiba, temendo que seu parceiro estivesse se esforçando para eventualmente assumir o negócio de chips, procurou limitar a participação futura da empresa norte-americana na unidade.
A última oferta do grupo Bain foi de 2,4 trilhões de ienes (22 bilhões de dólares), incluindo um investimento de 200 bilhões de ienes em infraestrutura, disseram fontes, que não quiseram ser identificadas porque as conversas são privadas.
(Por Makiko Yamazaki; reportagem adicional por Junko Fujita in Tokyo, Hyunjoo Jin e Joyce Lee)