Por Maki Shiraki
TOYOTA CITY (Reuters) - A Toyota avalia aquisições para obter novas tecnologias automotivas, incluindo as de carros autônomos, disse o presidente da companhia nesta quarta-feira, acrescentando que a empresa quer competir de forma mais agressiva contra rivais.
Em um encontro anual com acionistas, o presidente Akio Toyoda disse que a segunda maior montadora do mundo, que teve mais tempo para desenvolver veículos elétricos e autônomos do que seus rivais, seria mais agressiva nestas áreas, admitindo que pode ter se focado demais em preservar o status quo da empresa até agora.
"A indústria automobilística está passando por grandes mudanças, e questões e ideias que poderiam estar num futuro distante agora podem nos afetar amanhã. É por isso que precisamos ir para a ofensiva, enquanto preservamos nossas áreas fortes", afirmou Toyoda.
"Investimos 1 trilhão de ienes (9,08 bilhões de dólares) por ano em pesquisa e desenvolvimento, ampliamos capex e recompramos ações, mas isso pode não ser suficiente. Precisamos considerar todas as opções, incluindo fusões e aquisições, para sobreviver no futuro."
A Toyota investiu 1 bilhão de dólares em um instituto de pesquisa de inteligência artificial, e fez parcerias com a Microsoft e com o Uber.
Ela também se abriu para além do seu grupo de fornecedores, inclusive a empresa de tecnologia Nvidia, procurando mais softwares para seus sistemas de condução automatizados.
A montadora planeja lançar em 2020 um carro que pode se conduzir sozinho em rodovias. Enquanto isso, a rival Nissan pretende ter automóveis que possam se locomover de forma autônoma nas cidades no mesmo ano e a General Motors (NYSE:GM) diz que começou teste de produção em massa de veículos autônomos.
A Toyota ainda tem que buscar parcerias com outras empresas, ao passo que a GM já se associou à empresa de tecnologia de condução serviços de transporte Lyft, e a Ford comprou a empresa de compartilhamento de caronas Chariot.
Em 2016, a montadora japonesa montou uma divisão de carros elétricos, entrando tardiamente em um mercado onde Nissan, GM, Volkswagen e outras montadoras já atuavam.