(Reuters) - Um acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba foi alvo de tiros e uma pessoa ficou gravemente ferida, segundo informações do PT.
A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, disse que foram feitos mais de 20 disparos, sendo que um sindicalista de São Paulo levou um tiro no pescoço e "corre risco de morte".
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná divulgou nota confirmando que, "segundo as primeiras informações, um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes simpatizantes ao ex-presidente Lula" e que "uma pessoa foi ferida e levada para o hospital".
"Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso", afirma a nota da secretaria.
Em nota, o PT informou que, além da pessoa baleada, uma outra ficou ferida atingida por estilhaços.
Gleisi criticou, em vídeo divulgado na internet, o que chamou de grave situação de violência e intolerância no país.
"Nós não podemos aceitar isso. Isso vem num rastro de violência que os movimentos sociais, os movimentos de esquerda têm sido vítimas desde que o golpe do impeachment aconteceu no país", disse a senadora.
"Essa intolerância vai levar o Brasil a uma situação lamentável... ela é resultado desse processo construído de perseguição contra o presidente Lula, contra o PT, contra os movimentos de esquerda", acrescentou.
Para Gleisi, a Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e a grande mídia "têm respondabilidade objetiva nisso".
O ex-presidente Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
O petista, que lidera as pesquisas de intenção voto para a Presidência da República, nega ter cometido qualquer crime ou irregularidade e diz ser alvo de perseguição política para impedi-lo de ser candidato novamente ao Planalto.
(Por Alexandre Caverni)