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LONDRES (Reuters) - Os governos e os empregadores devem tomar medidas urgentes para ajudar a proteger a saúde dos trabalhadores que estão cada vez mais expostos ao calor extremo, disseram as Nações Unidas nesta sexta-feira.
A mudança climática está tornando as ondas de calor mais comuns e intensas, e os trabalhadores de todo o mundo já estão sofrendo os impactos sobre a saúde, afirmaram as agências no que descreveram como uma grande atualização "muito necessária" de um relatório e orientação publicados pela última vez em 1969.
A produtividade dos trabalhadores cai de 2% a 3% para cada grau acima de 20°C, segundo o relatório, e metade da população mundial já está sofrendo as consequências adversas das altas temperaturas.
Os riscos para a saúde incluem insolação, desidratação, disfunção renal e distúrbios neurológicos, afirmaram a Organização Mundial da Saúde e a Organização Meteorológica Mundial.
Os trabalhadores manuais em setores como agricultura, construção e pesca, bem como as populações vulneráveis, como crianças e idosos nos países em desenvolvimento, estão particularmente em risco, acrescentaram.
"A proteção dos trabalhadores contra o calor extremo não é apenas um imperativo de saúde, mas uma necessidade econômica", disse a secretária-geral adjunta da OMM Ko Barrett.
Em resposta, as agências pediram planos de ação contra o calor adaptados a regiões e setores, desenvolvidos em conjunto com trabalhadores, empregadores, sindicatos e especialistas em saúde pública.
Em alguns países, os sindicatos têm pressionado por temperaturas máximas legais de trabalho, por exemplo, o que, segundo as agências, é uma opção, mas que provavelmente seria diferente em nível global, dependendo do contexto.
Eles também pediram melhor educação para os profissionais de saúde e socorristas, já que o estresse por calor costuma ser mal diagnosticado.
A Organização Internacional do Trabalho apontou recentemente que mais de 2,4 bilhões de trabalhadores estão expostos ao calor excessivo em todo o mundo, resultando em mais de 22,85 milhões de lesões ocupacionais a cada ano.
"Ninguém deveria correr o risco de sofrer insuficiência renal ou colapso apenas para ganhar a vida", disse Rüdiger Krech, diretor interino de meio ambiente, mudança climática e saúde da OMS, em uma coletiva de imprensa antes do lançamento do relatório.
(Reportagem de Jennifer Rigby)