CAIRO (Reuters) - A Al Qaeda do Norte de África negou as informações de que o militante argelino Mokhtar Belmokhtar, uma figura importante na insurgências em todo o norte de África e na região do sul do Saara, tenha sido morto em um ataque aéreo dos Estados Unidos na Líbia.
O SITE Intelligence Group, que monitora as organizações islamitas radicais na mídia, citou um comunicado da Al Qaeda no Magrebe Islâmico postado no Twitter, declarando que Belmokhtar, também conhecido como Abu Khalid al-Abbas, está vivo.
"O comandante mujahid Khalid Abu al-Abbas ainda está vivo, e bem, e perambula e vagueia pela terra de Deus, apoiando os seus aliados e humilhando seus inimigos", diz o comunicado.
O governo da Líbia afirmou em 15 de junho que o militante, responsabilizado por um ataque letal em um campo de gás argelino, estava morto. Belmokhtar também comandava rotas de contrabando por todo o norte da África e é era considerado inatingível pelos militares franceses.
O governo da Líbia reconhecido internacionalmente, com sede na cidade de Bayda, no leste do país, disse que um ataque dos EUA tinha matado Belmokhtar quando estava reunido com outros líderes militantes, cujo nome não foi revelado.
Belmokhtar era acusado de orquestrar o ataque ao campo de gás In Amenas, na Argélia, em 2013, no qual 40 trabalhadores morreram, e de estar por trás de vários sequestros de estrangeiros. Ele foi dado como morto várias vezes, inclusive em 2013, quando se acreditava ter morrido em combates no Mali.
(Reportagem de Michael Georgy)