BERLIM (Reuters) - A Alemanha fechará os três consulados iranianos em seu território em reação à execução de um cidadão alemão-iraniano, mas permitirá que a embaixada de Teerã permaneça aberta, informou o Ministério das Relações Exteriores na quinta-feira.
"Nossas relações diplomáticas já estão mais do que em um ponto baixo", disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em Nova York.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã não estava imediatamente disponível para comentar a decisão alemã.
A Alemanha já chamou de volta seu embaixador no Irã por causa da execução de Jamshid Sharmahd e convocou o encarregado de negócios iraniano para expressar o protesto de Berlim.
A mídia estatal iraniana informou na segunda-feira que Sharmahd foi condenado à morte por realizar ataques terroristas.
Baerbock criticou o Irã por fazer política com reféns e acusou Teerã de tentar usar o apoio da Alemanha a Israel no crescente conflito no Oriente Médio para justificar a morte de Sharmahd.
"Outros alemães também estão sendo detidos injustamente. Também estamos profundamente comprometidos com eles e continuamos a trabalhar incansavelmente por sua libertação", disse ela.
A organização de direitos humanos HAWAR saudou na quinta-feira a decisão de fechar os consulados, mas disse que o governo alemão deve intensificar seus esforços para garantir a libertação de outra cidadã alemã, Nahid Taghavi, de 70 anos, que está presa no Irã desde outubro de 2020.
"A falta de planejamento do governo federal em lidar com a diplomacia de reféns da República Islâmica do Irã precisa finalmente chegar ao fim", disse a organização em um comunicado.
(Reportagem de Andreas Rinke, Riham Alkousaa e Parisa Hafezi)