SÃO PETERSBURGO (Reuters) - A América do Sul ainda é o continente onde é mais difícil conseguir vaga para a Copa do Mundo de 2018, afirmou o técnico da Colômbia, José Pekerman, após o sorteio neste sábado.
As equipes enfrentam longas viagens e precisam jogar no calor, no frio e em altas altitudes durante a maratona de 18 partidas em dois anos, mas Pekerman disse que também a qualidade dos adversários torna a eliminatória regional um desafio maior.
"Sempre foi (a mais difícil) e agora é ainda mais", disse à Reuters. "Se você analisar a última Copa do Mundo, seis dos dez sul-americanos estavam presentes, cinco deles foram até as oitavas de final, e quatro jogaram entre si, quando qualquer um deles poderia ter chegado à decisão", disse.
Pekerman, que liderou o seu time às quartas de final em 2014, acrescentou que seleções tradicionalmente médias como Equador, Paraguai e Venezuela melhoraram bastante.
"Os outros melhoraram muito, desenvolveram-se, têm jogadores na Europa, em ligas importantes, têm experiência e essa distância que existia antes está cada vez menor".
Pode parecer incrível, mas o grupo sulamericano teve exatamente a mesma ordem de confrontos nas quatro últimas eliminatórias, de 2002 a 2014, mas desta vez decidiram mudar.
O sorteio, embora não tenha dividido os times em grupos, estabeleceu a ordem das partidas e colocou um Brasil em crise diante do campeão da Copa América, o Chile, na primeira rodada.
A Argentina receberá o Equador, enquanto o Uruguai precisa viajar para La Paz e jogar contra a Bolívia, a 3,6 mil metros de altitude.
O Brasil estará sem Neymar, que completa uma suspensão de quatro partidas imposta durante a Copa América.
"Tudo é legal no sorteio, os problemas começam quando você começa a jogar", disse o técnico brasileiro Dunga. "Em uma competição longa, você tem bons momentos, momentos não tão bons e quando as coisas ficam difíceis, tem que saber reagir". OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150725T203829+0000