(Reuters) - A polícia do Estado norte-americano da Carolina do Norte divulgou imagens de um homem negro que foi morto a tiros por policiais em Charlotte no mês passado, e um advogado da família da vítima disse que o vídeo não oferece indícios que sustentem a narrativa policial, segundo a qual ele tinha uma arma.
A morte de Keith Scott, que tinha 43 anos e era pai de sete filhos, foi uma das mais recentes a despertar questionamentos sobre o preconceito racial entre agentes da lei dos Estados Unidos, e atiçou ainda mais um debate nacional sobre o sistema de justiça criminal dos EUA antes da eleição presidencial de novembro.
Manifestantes e familiares vinham exigindo que a polícia de Charlotte-Mecklenburg divulgasse imagens de câmeras corporais dos policiais, em parte para confirmar a versão da corporação de que Scott estava armado durante o incidente de 20 de setembro.
O vídeo de cerca de 16 minutos mostra os policiais prestando assistência médica a Scott enquanto ele jaz sem reação no chão de um estacionamento. Agonizando, ele geme repetidamente com as mãos algemadas às costas.
Em determinado momento, um policial diz "aguente firme" enquanto colegas contam os ferimentos de bala em seu corpo ensanguentado. Não se vê nenhuma arma com Scott no vídeo.
(Por Eric M. Johnson, em Seattle)