SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil fez um acordo com o governo de Honduras e deve antecipar em 11 anos sua volta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, em nota.
Com o acordo, o Brasil se candidatará para a vaga no Conselho destinada a países da América Latina e do Caribe no período entre 2022 e 2023, disse o ministro.
"A decisão brasileira é resultado do acordo alcançado com o governo de Honduras, por meio do qual o Brasil antecipou seu pleito do biênio 2033-2034 para 2022-2023, recuperando atraso produzido na apresentação da candidatura durante governos anteriores", disse Aloysio na nota.
"O acordo permitirá, caso o Brasil seja eleito, antecipar em 11 anos o seu retorno ao órgão."
O Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, tem cinco integrantes permanentes e com poder de veto sobre as decisões do colegiado --Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China. Os dez membros restantes são rotativos e as vagas são divididas entre as regiões do globo.
Tradicionalmente, as regiões chegam a um consenso sobre um candidato para um período de dois anos no Conselho. A última vez que o Brasil ocupou um assento no órgão foi entre 2010 e 2011.
"A participação brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023 permitirá ao país, no bicentenário de sua independência, contribuir diretamente para as principais decisões sobre a paz e a segurança internacionais", disse Aloysio.
(Por Eduardo Simões)