WASHINGTON (Reuters) - O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou neste mês para 42%, nível mais alto desde março, impulsionado pelo apoio de membros de seu Partido Democrata, mesmo enquanto os republicanos da Câmara lançam um inquérito formal de impeachment, mostrou pesquisa Reuters/Ipsos.
Realizada ao longo de três dias com término no domingo, a sondagem mostrou um aumento dentro da margem de erro na popularidade de Biden em relação ao mês passado, quando 40% dos entrevistados disseram aprovar seu desempenho desde que assumiu o cargo em janeiro de 2021.
Com margem de erro de três pontos percentuais, o levantamento mostrou que a aprovação de Biden deve-se, em grande parte, a uma questão de partidarismo. Cerca de 80% dos autodenominados democratas aprovam Biden, oscilação dentro da margem de erro em relação a agosto.
Noventa e um por cento dos republicanos desaprovam o governo do democrata.
O índice de aprovação pública de Biden está abaixo de 50% desde agosto de 2021.
O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy, pediu nesta terça-feira a abertura de um inquérito de impeachment contra Biden, aumentando o risco para a batalha partidária antes das eleições presidenciais de 2024.
Republicanos acusam Biden de lucrar enquanto vice-presidente, entre 2009 e 2017, com empreendimentos comerciais estrangeiros de seu filho Hunter Biden, embora não tenham apresentado evidências substanciais. A Casa Branca disse que não há base para uma investigação.
Dos quatro presidentes dos EUA que precederam Biden, dois – Bill Clinton e Donald Trump – sofreram impeachment pela Câmara dos EUA e foram absolvidos pelo Senado.
Na esteira do processo de impeachment contra Clinton, um democrata, os republicanos perderam cadeiras na Câmara nas eleições de meio de mandato de 1998. Após as duas investigações apoiadas pelos democratas sobre Trump, o então presidente republicano perdeu a reeleição em 2020 para Biden.
A nova pesquisa Reuters/Ipsos mostrou que a economia continua sendo a principal preocupação dos americanos, com 23% dos entrevistados classificando o tema como “o problema mais importante que os EUA enfrentam hoje”.
As taxas de inflação dos EUA têm sido historicamente elevadas durante o mandato de Biden, o que levou os bancos centrais a aumentar as taxas de juro numa tentativa de controlar os preços.
Cerca de 13% dos entrevistados selecionaram “crime ou corrupção” como o principal problema.
A pesquisa Reuters/Ipsos reuniu respostas online de 1.029 adultos, usando uma amostra nacionalmente representativa.
(Reportagem de Jason Lange)