Por Nicolás Misculin e Jorge Otaola
BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina vai afrouxar, gradualmente, uma quarentena que durou quase quatro meses em Buenos Aires e nas regiões aos arredores, informou o presidente Alberto Fernández nesta sexta-feira, depois que restrições mais rígidas desde o início de julho ajudaram a retardar a propagação de novas infecções pela Covid-19.
Fernández disse que o retorno gradual à vida normal ocorrerá em vários estágios, com o primeiro estágio durando até 2 de agosto.
Em Buenos Aires, capital que está sob as mais rígidas restrições do país desde 20 de março, lojas, salões de beleza e alguns serviços profissionais serão reabertos.
Atividades de recreação ao ar livre também serão permitidas. As escolas irão permanecer fechadas enquanto as autoridades analisam opções de reabertura, afirmou o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, que juntou-se a Fernández para o anúncio no palácio presidencial.
A Argentina confirmou 114.783 casos, com 2.133 mortes, de acordo com os últimos dados oficiais. As infecções aumentaram acentuadamente nos últimos meses, embora continuem abaixo dos níveis observados em alguns de seus vizinhos sul-americanos.
"O esforço que fizemos foi muito importante... estamos entre os países com menos mortes", disse Fernández, acrescentando que o governo pode optar por apertar as restrições caso as infecções aumentem novamente.
A Argentina entrou em quarentena nacional em 20 de março, com restrições aliviadas posteriormente em muitas partes do país fora de Buenos Aires. Suas fronteiras permanecem fechadas, embora a proibição de voos comerciais deva vencer em 1º de setembro.