COPENHAGUE (Reuters) - O artista dissidente chinês Ai Weiwei disse que irá se retirar de duas exibições na Dinamarca para protestar contra uma lei de asilo aprovada pelo Parlamento local que inclui regras de confisco de posses de imigrantes para ajudar a custear sua estadia.
Sua decisão é a mais recente de uma reação cultural contra a nação nórdica, que na terça-feira aprovou as medidas almejando desencorajar refugiados a buscarem asilo no país. Charges em jornais de todo o mundo repudiaram o gesto, entre elas uma de Steve Bell no diário britânico Guardian que mostra o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, usando um uniforme de estilo militar.
Ai, conhecido por suas críticas à maneira como a China lida com os direitos humanos, declarou em seu Instagram nesta quarta-feira ter ficado chocado pelo fato de o governo dinamarquês ter "decidido tomar a propriedade privada dos refugiados".
"Como resultado desta decisão lamentável, devo me retirar de sua exibição 'A New Dynasty.Created In China' para expressar meu protesto contra a decisão do governo dinamarquês", afirmou Ai, dirigindo-se aos organizadores da mostra no museu de arte ARoS em Aarhus.
(Por Teis Jensen)