Por Jack Queen
FORT PIERCE, Flórida (Reuters) - Um assessor de Donald Trump se declarou inocente nesta quinta-feira de acusações federais adicionais que o acusam de enganar investigadores que tentavam recuperar documentos confidenciais que o ex-presidente dos Estados Unidos levou consigo quando deixou o cargo.
O ajudante de Trump Walt Nauta se declarou inocente das acusações de obstrução de justiça e declarações falsas em uma audiência perante a juíza Shaniek Mills Maynard, na Flórida.
Outro assessor, Carlos de Oliveira, gerente de propriedades da casa de Trump em Mar-a-Lago, em Palm Beach, compareceu ao lado de Nauta, mas não se declarou inocente ou culpado, já que os advogados disseram que ele ainda não tem um advogado local licenciado para atuar no Estado.
Nenhum dos réus falou com os repórteres ao deixar o tribunal, onde uma série de apoiadores de Trump se reuniu para protestar contra o caso. Trump, o principal candidato à indicação presidencial republicana de 2024 para enfrentar o presidente Joe Biden, tem criticado a acusação como politicamente motivada e sem provas.
A equipe do procurador especial Jack Smith acusou Nauta e De Oliveira de conspirar com Trump para impedir uma investigação de um ano sobre a retenção dos documentos, que incluíam alguns dos segredos mais bem guardados dos EUA.
Trump se declarou inocente de 40 acusações de retenção não autorizada de informações de defesa nacional, obstrução de justiça e declarações falsas. Ele compareceu ao tribunal para se declarar inocente em junho.
Os promotores acusaram Trump de levar documentos ultrassecretos com ele quando deixou a Casa Branca em 2021 e armazená-los de forma inapropriada em Mar-a-Lago, inclusive em um banheiro.
Trump também mostrou informações confidenciais para pessoas em seu campo de golfe em Bedminster, Nova Jersey, que não estavam autorizadas a vê-las, de acordo com a acusação.
Nauta moveu caixas de documentos em Mar-a-Lago para escondê-los do advogado de Trump e dos investigadores federais, segundo os promotores. Ele e Oliveira são acusados de tentar deletar imagens de câmeras de segurança e mentir para o FBI.
O caso criminal é um dos três que Trump enfrenta em sua campanha para retomar a Casa Branca nas eleições de novembro de 2024, com uma quarta possível acusação iminente no Estado da Geórgia.