Por Nadoun Coulibaly
OUAGADOUGOU (Reuters) - Agressores mataram 8 pessoas na capital de Burkina Faso e feriram dezenas de outras em um ataque coordenado ao quartel-general do Exército e à embaixada da França, o que um embaixador francês qualificou como um ataque terrorista.
Ninguém assumiu de imediato a autoria da ação, o terceiro maior ataque em Ouagadougou em pouco mais de dois anos.
Ataques anteriores foram realizados por aliados da Al Qaeda em represália à participação de Burkina Faso em um confronto regional contra militantes islâmicos.
Falando na televisão estatal, o porta-voz do governo, Remi Dandjinou, disse que os atiradores não identificados mataram cinco soldados e feriram 64 outros no quartel-general dos militares. Dois integrantes dos gendarmes paramilitares do país morreram defendendo a embaixada, informou ele. O presidente Roch Kabore disse no Twitter que o número de mortos aumentou para oito.
Um posto médico de emergência foi montado no estádio municipal.
A polícia nacional informou em nota que oito homens armados foram mortos: quatro na embaixada e quatro na sede do Exército. Dois agressores foram capturados, de acordo com fonte militar e a televisão estatal.
Uma fonte diplomática francesa disse que nenhum cidadão de seu país morreu nos ataques.
Testemunhas afirmaram que homens armados mascarados atacaram a sede do Exército, localizada no centro da cidade, perto das 10h locais.
"Vi pessoas com sacos nas costas atacarem a guarda. Depois ouvi a explosão. Vi soldados fugindo correndo do edifício do quartel-general do Exército", disse a testemunha Kader Sanou à Reuters.