Fed viu aumento nos riscos para emprego no mês passado, mas seguiu cauteloso com inflação
Por Max Hunder
KIEV (Reuters) - Dois drones russos atingiram trens em uma estação na região de Sumy, no norte da Ucrânia, matando uma pessoa e ferindo cerca de 30 outras, disseram autoridades no sábado, com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia acusando Moscou de atingir deliberadamente trens de passageiros.
"Um ataque brutal de drones russos na estação ferroviária de Shostka, na região de Sumy", escreveu o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy no Telegram, postando um vídeo de um vagão de passageiros destruído e em chamas e outros com as janelas estouradas.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, acusou a Rússia de realizar deliberadamente dois ataques a trens de passageiros.
"Essa é uma das táticas russas mais brutais - o chamado ’double tap’, quando o segundo ataque atinge as equipes de resgate e as pessoas que estão sendo evacuadas", disse ele em um comunicado divulgado por seu ministério nas mídias sociais.
O governador da região de Sumy, Oleh Hryhorov, disse que oito pessoas foram levadas ao hospital.
"Os russos não podiam ignorar que estavam atingindo civis. Isso é terrorismo, que o mundo não tem o direito de ignorar", escreveu Zelenskiy.
Moscou intensificou seus ataques aéreos contra a infraestrutura ferroviária da Ucrânia, atingindo-a quase todos os dias nos últimos dois meses.
A Rússia tem negado repetidamente ter como alvo civis em sua guerra na Ucrânia, embora milhares de pessoas tenham sido mortas por seus militares.
Em uma entrevista em vídeo de um trem a caminho do local do ataque, o CEO da empresa ferroviária estatal da Ucrânia, Oleksandr Pertsovskyi, disse à Reuters que os drones tinham como alvo as locomotivas, danificando também os vagões ligados a elas.
"Em essência, eles estão caçando locomotivas", disse ele, acrescentando que a Rússia estava empregando cada vez mais essa tática.
Ele disse que os trens atingidos eram um serviço local de transporte de passageiros e outro trem que ia para a capital, Kiev.
O chefe da ferrovia acrescentou que havia apenas tráfego civil na estação e que ele acreditava que essa era uma tentativa de tornar áreas como Shostka, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira russa, inseguras para o tráfego de passageiros.
"Eles estão fazendo de tudo para tornar inabitáveis as áreas da linha de frente e da fronteira, para que as pessoas tenham medo de ir até lá, medo de embarcar nos trens, medo de se reunir nos mercados e para que os estudantes tenham medo de voltar para casa."
(Reportagem de Max Hunder.)