Por Peter Blaza e Clare Baldwin
MANILA (Reuters) - Um homem armado invadiu um cassino, abriu fogo e incendiou mesas de jogos na capital das Filipinas, Manila, na sexta-feira local, causando pânico no país onde o alerta está alto após uma lei marcial declarada no sul, mas não há indicativos de que o ataque foi um ato de terrorismo, disse o chefe da polícia do país.
O chefe da polícia nacional, Ronald dela Rosa, disse à rádio DZMM que o atirador solitário não mirou sua arma contra pessoas no complexo de entretenimento Resorts World Manila, e roubo pode ter sido a motivação.
Tiros e barulhos altos foram escutados pouco após o início da sexta-feira, no horário local, nos prédios próximos ao terminal 3 do Aeroporto Internacional Ninoy Aquino e uma base da Força Aérea.
Autoridades médicas disseram que pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, algumas seriamente, quando correram para escapar do local.
“Não entrem em pânico, isto não é uma causa para alarme. Não podemos atribuir isto ao terrorismo”, disse Dela Rosa.
“Estamos olhando sob um ângulo de roubo porque ele não feriu nenhuma pessoa e seguiu direto para a sala de armazenamento de fichas do cassino. Ele estacionou no segundo andar e entrou no cassino, atirando contra grandes telas de TV e jogou gasolina em uma mesa, incendiando-a.”
Dela Rosa disse que o suspeito é de “aparência estrangeira, caucasiano, tem cerca de 1,80m”. O atirador pode ter escapado porque a fumaça obscureceu imagens das câmeras de segurança, acrescentou.
Uma testemunha da Reuters disse ter visto policiais armados entrando em um hotel próximo ao complexo. Vídeos publicados anteriormente nas redes sociais mostravam pessoas saindo à medida que diversos barulhos altos eram escutados.
Treze pessoas foram tratadas em um hospital próximo por inalação de fumaça e fraturas, disse a equipe do hospital à Reuters.
As Filipinas estão em alerta máximo em meio a uma crise no sul do país, onde tropas têm lutado contra rebeldes islâmicos desde 23 de maio. O presidente Rodrigo Duterte declarou lei marcial na ilha de Mindanao, no sul do país, na semana passada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Washington estava monitorando de perto o desenrolar dos eventos em Manila. Os EUA disseram para norte-americanos na cidade terem cuidado e analisarem seguranças pessoais.