Por Andy Sullivan
BATON ROUGE, EUA (Reuters) - O ex-fuzileiro naval negro que matou três policiais a tiros na capital do Estado norte-americano da Louisiana os tinha como alvos específicos, disse a polícia nesta segunda-feira, enquanto os Estados Unidos se recuperam do episódio mais recente de violência envolvendo negros e agentes da lei.
Após o tiroteio de domingo, policiais de Baton Rouge adotaram medidas para reforçar sua própria segurança. O porta-voz da corporação local, sargento Don Coppola, disse: "Normalmente andamos sozinhos. Estamos andando em duplas agora".
A cidade foi cenário de manifestações repetidas contra a violência da polícia depois da morte a tiros de Alton Sterling, um negro, do lado de fora de uma loja de conveniência no dia 5 de julho.
O atirador de Baton Rouge foi identificado como Gavin Long, de 29 anos, residente de Kansas City, no Missouri, que atuou como fuzileiro naval durante cinco anos, tendo sido enviado ao Iraque em 2008. Vestido de preto e armado com um rifle, Long foi morto a tiros na manhã de domingo em uma troca de disparos com a polícia.
Em maio de 2015 Long alterou seu nome legalmente para Cosmo Ausar Setepenra, de acordo com registros do Condado de Jackson, no Missouri.
As tensões raciais estão especialmente altas no país desde que um ex-reservista do Exército dos EUA matou a tiros cinco policiais de Dallas que patrulhavam uma manifestação motivada pela morte de Sterling e de outro negro em Minnesota, ambas causadas por policiais.
"A situação aqui está muito dura, um ataque ao próprio tecido da sociedade", disse o governador de Louisiana, John Bel Edwards, ao canal de televisão MSNBC nesta segunda-feira.
O porta-voz da Polícia Estadual de Louisiana, tenente J.B. Slaton, disse ao jornal New York Times nesta segunda-feira que uma investigação preliminar mostra que o atirador de Baton Rouge "com certeza emboscou aqueles policiais".