SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil assinou um aditivo do contrato de patrocínio com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e retomou os pagamentos para a entidade esportiva, depois de suspender os repasses por denúncias de irregularidades, informou o banco nesta segunda-feira.
"Os aditivos contratuais, assinados pelo BB e pela CBV, contemplam a implantação, em até 90 dias, de todas as recomendações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU), além de outras medidas solicitadas pelo Banco do Brasil", disse o banco em nota.
"Com a assinatura do aditivo, o Banco do Brasil retomará os pagamentos referentes ao contrato, suspensos desde dezembro, mas condiciona a continuidade do patrocínio à implementação, no prazo de 90 dias, das ações formalizadas no aditivo."
Entre as medidas que terão de ser implementadas pela CBV estão um novo Regulamento de Contratações, a criação de um Comitê de Apoio ao Conselho Diretor da CBV com participação de representantes da comunidade do vôlei, a reformulação do Conselho Fiscal entre outros.
Em dezembro, a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou um relatório que apontou irregularidades em contratos do BB com a CBV que, juntos, somam 30 milhões de reais em pagamentos feitos entre 2010 e 2013, o que fez o banco interromper o repasse de verbas.
Os auditores da CGU detectaram 13 contratos com irregularidades. "As empresas contratadas são de propriedade de dirigentes e ex-dirigentes da Confederação ou de pessoas ligadas a eles por laços familiares", disse a CGU em comunicado.
De acordo com o relatório, parte do repasse do "Bônus de Performance" oferecido pelo BB, patrocinador da confederação, não estava sendo paga aos atletas e à comissão técnica.
As seleções de vôlei do Brasil conquistaram uma série de títulos nos últimos anos. A equipe feminina é a atual bicampeã olímpica, enquanto a masculina levou o ouro em Atenas-2004 e a prata em Pequim-2008 e Londres-2012, além de títulos da Liga Mundial.
(Por Eduardo Simões)