WILMINGTON, Del. (Reuters) - O democrata Joe Biden ganhou a presidência dos Estados Unidos neste sábado, após uma dura campanha eleitoral e prometeu que trabalhará para unificar um país profundamente dividido, mesmo com o presidente Donald Trump se recusando a aceitar a derrota.
A vitória de Biden no Estado da Pensilvânia colocou-o além dos 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para conquistar a presidência, encerrando quatro dias de suspense e levando seus apoiadores para comemorações às ruas das principais cidades.
"As pessoas desta nação falaram. Elas nos deram uma vitória clara, uma vitória convincente", disse Biden aos partidários em um estacionamento durante seu discurso de vitória, em sua cidade, Wilmington, Delaware.
"Prometo ser um presidente que não busca dividir, mas unificar", disse ele, dirigindo-se diretamente aos apoiadores de Trump.
"Agora, vamos dar uma chance um ao outro. É hora de colocar de lado a retórica dura, baixar a temperatura, nos vermos novamente, nos ouvirmos de novo", declarou. "Esta é a hora de curar na América."
Ele foi apresentado por sua companheira de chapa, a senadora norte-americana Kamala Harris, que será a primeira mulher, a primeira negra americana e a primeira americana de ascendência asiática a servir como vice-presidente.
Felicitações vieram de várias partes do mundo, incluindo do conservador primeiro-ministro britânico Boris Johnson, do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e da chanceler alemã Angela Merkel, tornando difícil para Trump manter suas repetidas afirmações, sem evidências, de que a eleição foi fraudada.
Trump, que estava jogando golfe quando as principais redes de televisão projetaram que seu rival havia vencido, imediatamente acusou Biden de "se apressar em fingir que é o vencedor".
"Esta eleição está longe de terminar", disse ele em um comunicado.
Trump entrou com uma série de ações judiciais para contestar os resultados, mas as autoridades eleitorais em Estados de todo o país dizem que não há evidências de fraudes significativas, e especialistas jurídicos dizem que os esforços de Trump provavelmente não terão sucesso.
(Por Trevor Hunicutt, Steve Holland e Jeff Mason)