Por Matt Spetalnick
WASHINGTON (Reuters) - O presidente do Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, tentarão adotar um novo tom nas relações bilaterais nesta quinta-feira em seu primeiro encontro na Casa Branca e encontrar um consenso sobre o Irã, apesar das diferenças sobre como lidar com seu programa nuclear.
Em conversas ofuscadas pela saída norte-americana caótica do Afeganistão, os dois líderes tentarão virar a página de anos de tensões entre o antecessor de Bennett, Benjamin Netanyahu, que era próximo do ex-presidente Donald Trump, e o último governo democrata liderado por Barack Obama com Biden como vice-presidente.
No que foi planejado como uma reunião discreta, Bennett quer se distanciar do estilo público combativo de Netanyahu e administrar os desentendimentos entre Washington e seu maior aliado no Oriente Médio de forma construtiva a portas fechadas.
A visita dá a Biden uma oportunidade de demonstrar que tudo está como sempre com um parceiro crucial enquanto enfrenta a situação complexa do Afeganistão. A maior crise de política externa de Biden desde que ele tomou posse não só afetou seu índice de aprovação em casa, mas provocou dúvidas sobre sua credibilidade tanto entre aliados quanto entre adversários.
No topo da pauta está o Irã, um dos temas mais espinhosos entre o governo Biden e Israel.
Acredita-se que Bennett, político de extrema-direita que encerrou os 12 anos de Netanyahu no poder em junho, pressionará Biden a endurecer sua abordagem com o Irã e suspender as negociações que visam reativar o acordo nuclear internacional que Trump abandonou.