Por Jeff Mason e Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou ao Vaticano nesta sexta-feira para um encontro com o papa Francisco que se acredita que se concentrará na mudança climática e na injustiça, mas que está ofuscado por um debate em casa sobre o apoio do presidente norte-americano, que é católico, ao direito ao aborto.
A comitiva presidencial chegou sob um esquema de segurança forte, ainda mais intensificado porque a capital italiana se prepara simultaneamente para sediar a cúpula de líderes mundiais do G20 neste final de semana.
Membros da Guarda Suíça com os uniformes tradicionais em vermelho, amarelo e azul e empunhando alabardas deram a Biden e sua esposa, Jill, uma saudação de honra quando eles e a delegação norte-americana chegaram ao pátio San Damaso do Palácio Apostólico. A bandeira dos EUA estava hasteada na sacada central.
"Muito obrigado. É bom estar de volta", disse Biden a uma das autoridades aguardando no pátio. Depois ele brincou com outra autoridade que conversava com sua esposa: "Sou o marido de Jill".
O encontro entre o primeiro papa latino-americano e o segundo presidente católico da história dos EUA ocorre em meio a um debate feroz na Igreja norte-americana, cujos conservadores pressionam Biden por causa de sua posição conflitante na disputa sobre o direito ao aborto.
"Caro papa Francisco, você afirmou ousadamente que o aborto é 'assassinato'. Por favor, questione o presidente Biden sobre esta questão crítica. Seu apoio persistente ao aborto é um constrangimento para a Igreja e um escândalo para o mundo", tuitou o bispo Thomas Tobin de Providence, Rhode Island.