Por Chris Kahn
NOVA YORK (Reuters) - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, tem 12 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Donald Trump entre os eleitores prováveis do país, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos que também mostrou que o número de eleitores influenciáveis encolheu quando comparado ao de quatro anos atrás.
A pesquisa feita entre 3 e 8 de setembro e divulgada nesta quarta-feira revelou que 52% dos eleitores prováveis pretendem votar em Biden, enquanto 40% apoiariam Trump. Três por cento disseram que votariam em outro candidato, e só 5% disseram ainda estar indecisos a menos de dois meses da eleição presidencial de 3 de novembro.
A sondagem mostrou que o número de eleitores que ainda não se decidiu por um candidato de um grande partido é menos da metade daquele de 2016, e que atualmente Biden tem a vantagem na conquista do voto nacional popular.
Mesmo se os eleitores ainda indecisos apoiarem Trump, mostrou a pesquisa, ele perderá no voto popular para Biden.
Mas Trump ainda pode se reeleger sem conquistar a maioria dos votos nacionalmente --as eleições presidenciais dos Estados Unidos são decididas pelos votos do Colégio Eleitoral, uma disputa baseada na contagem de vitórias Estado a Estado.
Quatro anos atrás, a democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais do que Trump, mas viu o republicano vencer por pouco no Colégio Eleitoral e levar a Presidência.
Esta foi a primeira vez que uma pesquisa Reuters/Ipsos mediu o apoio dos candidatos de 2020 entre eleitores prováveis.
Quando se mede os eleitores registrados, que incluem aqueles menos inclinados a votar, Biden tem 8 pontos percentuais de vantagem sobre Trump --na semana passada, uma enquete semelhante lhe dava 7 pontos de dianteira.
A pesquisa apontou que os eleitores prováveis estão motivados principalmente pela pandemia de coronavírus, que já matou mais de 186 mil norte-americanos e tirou o emprego de milhões, e pela restauração da confiança no governo.
Quando indagados sobre o que determina sua escolha de presidente, 28% disseram ser a suposta capacidade do candidato para combater o coronavírus e 23% que é a capacidade de restaurar a confiança no governo. Outros 19% disseram ser a capacidade do candidato para fortalecer a economia, e 14% que estão procurando um candidato que seja "duro contra o crime".
A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 823 eleitores prováveis, sendo 390 que se identificam como democratas e 351 que se identificam como republicanos, e teve um intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de cerca de quatro pontos percentuais.