Por Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja apresentar novos passos para combater a violência armada no país nesta quarta-feira, incluindo medidas que visam conter a circulação de armas de fogo usadas em crimes, depois de prometer pressionar por mudanças abrangentes nas leis de armas de fogo.
As ações serão acréscimos a decretos presidenciais assinados em abril, quando Biden pediu ao Departamento de Justiça que reprima as "armas fantasmas" montadas por usuários, disseram autoridades de alto escalão do governo.
Os decretos presidenciais permitem que o presidente atue sem esperar pelo Congresso, onde os democratas têm uma maioria minúscula e os republicanos costumam se opor a novos limites a armas de fogo. Os direitos de porte de armas, que são protegidos pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA, são um dos assuntos mais espinhosos da política norte-americana.
Biden também planeja novas ações para responsabilizar vendedores de armas ilegais por violarem leis federais, ajudar Estados a empregarem mais policiais usando fundos aprovados no início deste ano para ajudar a economia a se recuperar da pandemia de Covid-19 e intensificar os esforços da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de fogo e Explosivos para deter o tráfico interestadual ilegal de armas.
Os homicídios aumentaram 30%, e os ataques com armas 8% nas grandes cidades em 2020, disse a Casa Branca, citando um relatório do Conselho de Justiça Criminal, um grupo de pesquisa apartidário.
O "aumento repentino de homicídios coincidiu com a emergência de protestos em massa depois que George Floyd foi morto em maio passado (de 2020) por um policial de Mineápolis", observou o relatório, acrescentando que "não existe uma conexão simples entre violência policial, protestos contra tal violência e violência comunitária".
Os crimes contra propriedade, como arrombamentos e furtos, caíram significativamente em 2020.
Biden também se encontrará nesta quarta-feira com líderes estaduais, prefeitos, um chefe de polícia e outros especialistas para debater meios para tornar as comunidades de todo o país mais seguras.
Suas ações ocorrem em meio a uma impaciência crescente de ativistas a favor do controle de armas com o fato de o governo não agir mais rapidamente para coibir a violência armada, uma promessa de campanha de Biden.