GENEBRA (Reuters) - John Bolton, conselheiro de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que advertiu Moscou contra qualquer interferência nas eleições norte-americanas de novembro, durante conversas com o chefe do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patrushev.
Bolton disse que também discutiu com Patrushev a possibilidade de reforçar as sanções econômicas contra o Irã e a retirada da presença iraniana da Síria.
"Eu deixei claro que não iremos tolerar interferência (eleitoral) em 2018 e que estamos preparados para tomar os passos necessários para impedir que isso aconteça", disse Bolton em coletiva de imprensa, após mais de cinco horas de conversas com Patrushev em Genebra.
Os Estados Unidos já impuseram sanções econômicas contra a Rússia por sua suposta interferência na eleição presidencial de 2016. Moscou nega as alegações.
Bolton disse que a questão sobre a interferência eleitoral impediu que os dois lados emitissem um comunicado final conjunto.
Em relação ao Irã, Bolton disse que após a decisão dos Estados Unidos de se retirar do acordo internacional de 2015 que visava reduzir o programa nuclear de Teerã, o objetivo do governo Trump é "colocar pressão máxima sobre o regime" ao tornar as sanções mais extensivas e efetivas.
Falando sobre o papel do Irã no conflito da Síria, Bolton disse: "Nosso objetivo é que todas as forças iranianas retornem ao Irã... E falamos sobre uma variedade de maneiras de como isso pode ser alcançado em uma série de etapas."
(Reportagem de Stephanie Nebehay e Babak Dehghanpisheh)