BRUXELAS (Reuters) - Promotores belgas acusaram neste sábado três homens de crimes de terrorismo, após as detenções durante a madrugada em meio à segurança reforçada na Bélgica e na França por conta do torneio Eurocopa.
Três meses depois dos ataques de islâmicos que mataram 32 pessoas em Bruxelas, a polícia vasculhou dezenas de casas em todo o país e prendeu 12 pessoas durante a noite antes do jogo de Bélgica contra a Irlanda.
Nove foram libertados após interrogatório, mas três cidadãos belgas identificados como Samir C., de 27 anos, Moustapha B., 40 anos, e Jawad B., 29 anos, foram acusados de "terem tentado cometer ataque terrorista e participação nas atividades de grupo terrorista", informou o escritório do promotor federal, em comunicado.
Alguns relatos da mídia informaram que os suspeitos haviam planejado ataques contra fãs que assistiriam aos jogos em Bruxelas e, possivelmente, a partida entre Bélgica e Irlanda.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, liderou neste sábado uma reunião do conselho de segurança do governo --que inclui ministros da Defesa, Relações Exteriores, Política Interna e Justiça-- depois da operação e disse que os eventos relacionados a futebol ocorreriam conforme o planejado com medidas extras de segurança.
"Queremos continuar a viver normalmente", disse Michel em entrevista coletiva. "A situação está sob controle."
Nenhuma arma ou explosivos foram achados nas buscas.
As áreas onde fãs assistem jogos em Bruxelas eram potenciais alvos, bem como outros lugares movimentados como shopping centers e estações, divulgou a mídia belga.