Por Sharon Bernstein
BURLINGAME, EUA (Reuters) - Protestos ocorreram na Califórnia nesta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, contra o pré-candidato a presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que está se aproximando da vitória na disputa pela nomeação republicana, depois de uma série de triunfos nesta semana.
O empresário bilionário foi forçado a parar o seu comboio e a entrar por uma porta dos fundos no hotel em que faria um discurso na convenção republicana da Califórnia, evitando assim algumas centenas de manifestantes barulhentos do lado de fora.
"Essa não foi a entrada mais fácil que eu já fiz”, disse Trump à reunião em Burlingame, ao sul de San Francisco, depois de passar em volta de uma barreira e cruzar com dificuldade uma rua para chegar ao local. “Eu me senti como se na verdade eu cruzasse a fronteira.”
Manifestantes, alguns deles com bandeiras mexicanas, em determinado momento avançaram nos portões de segurança, e os policiais sacaram os cassetetes.
O magnata já havia atraído protestos na Califórnia, com cenas caóticas na quinta-feira do lado de fora de um comício em Costa Mesa. Manifestantes anti-Trump quebraram a janela de um carro de polícia e bloquearam o tráfego. Cerca de 20 pessoas foram presas.
Protestos têm se tornado comuns do lado de fora dos comícios de Trump, que ganhou críticos fervorosos, assim como o apoio de eleitores republicanos, por conta da sua retórica contra imigração ilegal. A sua campanha abandonou um comício em Chicago no mês passado depois de confrontos entre manifestantes e simpatizantes.
Ele tem acusado o México de enviar traficantes de drogas e estupradores pela fronteira com os EUA e promete construir um muro e obrigar o México a pagar pela obra.
Trump, que se disse nesta semana o nomeado em potencial do partido, vai dar um grande passo para tirar os seus rivais da corrida republicana se ganhar as prévias de Indiana na semana que vem.