MISRATA, Líbia (Reuters) - Pelo menos 47 pessoas foram mortas nesta quinta-feira quando a pior explosão com caminhão-bomba desde a queda de Muammar Gaddafi na Líbia atingiu um centro de treinamento policial enquanto centenas de recrutas se reuniam em um encontro matinal.
Nenhum grupo reivindicou imediatamente responsabilidade pelo ataque na cidade de Zliten, mas explosões suicidas e carros-bomba aumentaram na Líbia com militantes islâmicos tirando vantagem do caos no país do Norte da África para expandir sua presença.
No final da quinta-feira, militantes do grupo Estado Islâmico assumiram a autoria de outro carro-bomba que matou pelo menos 7 pessoas no porto de petróleo de Ras Lanuf. O porto e um terminal próximo em Es Sider foram atacados por militantes mais cedo nesta semana, em seu esforço mais concentrado até agora contra a infraestrutura petroleira na Líbia.
Em Zliten, o prefeito Miftah Hamadi disse que a bomba foi detonada à medida que 400 recrutas se juntavam no centro policial no início da manhã. A cidade fica entre a capital Trípoli e o porto de Misrata.
Testemunhas disseram que moradores transportaram vítimas aos hospitais de Misrata em ambulâncias e carros, muitos com ferimentos causados por estilhaços e alguns corpos muito danificados para serem identificados.
Fontes médicas haviam inicialmente dito que 65 pessoas haviam sido mortas, incluindo alguns civis. Mas Fozi Awnais, líder do comitê de crise do ministério da Saúde em Tripoli, disse depois que 47 pessoas morreram e outras 118 foram feridas.
(Reportagem de Ayman El Sahli, Hani Amara em Tripoli, Aziz El Yaakoubi em Rabat e Ali Abdelaty no Cairo)