Por Brad Brooks
LAS VEGAS (Reuters) - As margens estreitas que separam o presidente norte-americano Donald Trump do rival democrata Joe Biden em vários Estados cruciais da eleição dos Estado Unidos levantou a questão: o republicano foi prejudicado pela presença da candidata do Partido Libertário, Jo Jorgensen?
Na tarde desta sexta-feira, a diferença entre Biden e Trump na Geórgia, na Pensilvânia e no Arizona era menor do que o número de votos que Jorgensen conquistou nesses Estados. Em Nevada e Wisconsin, o total de Jorgensen mais os que optaram por "nenhuma das opções acima" superava a diferença.
Jorgensen disse em uma entrevista por telefone que Trump fez o papel de sabotador de si mesmo, empurrando os republicanos descontentes para ela. A candidata acrescentou que também ouviu falar de muitos democratas insatisfeitos durante a campanha.
"Eles foram seus próprios sabotadores, por não cumprirem suas promessas de campanha", afirmou Jorgensen.
Ela fez críticas particulares a Trump, que, segundo ela, se vendeu em 2016 como "um político azarão que sabia como equilibrar o orçamento e reduzir o déficit, mas não fez nada".
Jorgensen ainda criticou o establishment político por não permitir que ela participasse dos debates presidenciais. Ela argumentou que os libertários contam com o melhor que as plataformas republicana e democrata têm a oferecer -- rigor fiscal de um lado, liberdade social do outro. Se um eleitorado profundamente dividido pudesse ter mais exposição a isso, mais eleitores teriam votado nela, afirmou.
(Reportagem adicional de Gabriella Borter, em Milwaukee)