QUITO (Reuters) - O candidato de esquerda à Presidência do Equador, Lenin Moreno, declarou vitória na eleição de domingo no país sul-americano, mas seu adversário conservador pediu uma recontagem dos votos enquanto manifestantes foram às ruas em protesto.
A vitória de Moreno estimularia o movimento esquerdista na América do Sul, após governos inclinados para a direita assumirem o poder na Argentina, Brasil e Peru após o fim do boom das commodities, economias em crise e o crescimento de escândalos de corrupção na região.
O principal líder de esquerda da região atualmente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, parabenizou Moreno pelo resultado no Twitter, assim como o presidente da Bolívia, Evo Morales, outro esquerdista.
O candidato conservador Guillermo Lasso, um ex-banqueiro, havia se comprometido a denunciar Maduro, cujos oponentes acusam de ter arrastado seu país para uma ditadura.
Moreno, ex-vice-presidente que é paraplégico, tinha assegurado 51,1 por cento de votos, enquanto Lasso conseguiu 48,6 por cento, com mais de 96 por cento dos votos apurados, de acordo com o conselho eleitoral.
A vitória de Moreno representaria um alívio para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, já que o candidato conservador Lasso havia se comprometido a remover Assange da embaixada equatoriana em Londres caso ganhasse as eleições.