WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca contestou nesta sexta-feira a validade de um inquérito de impeachment conduzido por republicanos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos sobre as negociações comerciais do filho do presidente norte-americano, Joe Biden.
Uma carta do consultor jurídico da Casa Branca, Dick Sauber, enviada aos republicanos da Câmara que lideram a investigação disse que o inquérito não é válido, uma vez que a Câmara não votou para autorizá-lo. Uma cópia da carta foi vista pela Reuters.
“Vocês parecem tão determinados a acusar o presidente que deturparam os fatos, ignoraram as evidências esmagadoras que refutavam suas afirmações e mudaram repetidamente a lógica do seu ‘inquérito’”, escreveu Sauber ao presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, e ao presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan.
Comer, um republicano de Kentucky, disse: "Se o presidente Biden não tem nada a esconder, então ele deveria disponibilizar sua equipe atual e antiga para testemunhar perante o Congresso sobre o manuseio incorreto de documentos confidenciais".
Os republicanos acusaram Biden de lucrar com os negócios de seu filho, Hunter, enquanto atuava como vice-presidente entre 2009 e 2017.
Eles não encontraram nenhuma evidência de má conduta do próprio Biden. A Casa Branca afirma que Biden não fez nada de errado e que os republicanos não têm base para um inquérito de impeachment.
Sauber disse que as recentes intimações e exigências de depoimentos no Congresso a vários funcionários da Casa Branca e membros da família Biden foram irresponsáveis.
(Reportagem de Steve Holland e Makini Brice)