Por Jonathan Drake
LUMBERTON, EUA (Reuters) - Centenas de pessoas foram resgatadas por barco e helicóptero nesta segunda-feira em cidades da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, inundadas após a passagem do furacão Matthew, e autoridades alertaram que as enchentes e o risco de vida devido aos rios cheios continuariam por dias.
Matthew, a mais forte tempestade do Atlântico desde 2007, teve a sua classificação reduzida para um ciclone pós-tropical no domingo.
A tempestade deixou 1.000 mortos no Haiti, e na segunda-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que algumas cidades e vilas do país foram praticamente varridas do mapa.
Nos EUA, o número de mortos subiu para pelo menos 23, com quase metade na Carolina do Norte.
Depois de receber 39 cm de chuva do Matthew durante o fim de semana, os céus da Carolina do Norte voltaram a clarear nesta segunda, mas havia grandes problemas devido aos rios cheios e rompimento de barreiras.
“A tempestade não acabou na Carolina do Norte”, disse aos repórteres o governador Pat McCrory nesta segunda. “Vai ser uma jornada longa e dura.”
Onze pessoas morreram no Estado, incluindo uma num carro que foi levado pela enchente no condado de Johnston no domingo, disse McCrory. Com os rios subindo, o governador disse que o número de mortes pode aumentar.
As enchentes levaram o presidente norte-americano, Barack Obama, a declarar estado de emergência na Carolina do Norte nesta segunda-feira.
Cerca de 2.000 moradores estavam presos nas suas casas e em telhados em Lumberton depois que a cidade foi subitamente alagada na manhã desta segunda, afirmou McCrory. Resgates por ar e pela água continuariam durante todo o dia.
Grandes enchentes eram esperadas nesta semana em cidades centrais e no leste ao longo dos rios Lumber, Cape Fear, Neuse e Tar, e muitos outros rios e riachos deviam encher durante a semana, segundo o governo do Estado.
Em Greenville, uma universidade cancelou aulas pelo resto da semana devido a “antecipadas enchentes catastróficas”. Autoridades de emergência do condado de Lenoir ordenaram a saída dos moradores da região do rio Neuse.
Muitas comunidades na costa e no interior permaneciam sob água.