FRANKFURT (Reuters) - A Siemens informou que seu presidente-executivo, Joe Kaeser, reuniu-se com o primeiro-ministro do Iraque neste domingo para discutir proposta da companhia alemã de expandir a produção de energia no país.
O grupo disse que estava propondo um acordo para adicionar 11 gigawatt (GW) de capacidade em um período de quatro anos, o que segundo a empresa elevaria a capacidade do país em quase 50 por cento.
A Siemens não forneceu valores, mas o pacto pode envolver vários bilhões de euros com base em acordos anteriores comparáveis.
O Iraque enfrenta disparidades entre o consumo de eletricidade e a oferta. O pico de demanda no verão, quando as pessoas ligam ar condicionado devido às elevadas temperaturas, é de cerca de 21 GW, excedendo os 13 GW que a rede atualmente fornece, de acordo com especialistas.
Em comunicado, Kaeser disse após a reunião com o primeiro-ministro Al-Abadi que eles "discutiram o abrangente roteiro da Siemens para construir um futuro melhor para o povo iraquiano".
"No Egito, fizemos o mesmo e construímos com sucesso a infraestrutura de energia em tempo recorde com a mais alta eficiência", afirmou o executivo.
Em 2015, a Siemens assinou um acordo de 8 bilhões de euros com o Egito para fornecer gás e plantas de energia eólica, adicionando 16,4 gigawatts de capacidade ao sistema do país.
A proposta para o Iraque, apresentada pela primeira vez em fevereiro, inclui reduzir o desperdício de energia no país, introduzindo sistemas inteligentes, modernizando usinas existentes e adicionando nova capacidade.
O grupo alemão também ajudará o Iraque a assegurar financiamento de bancos internacionais e agências de crédito para exportação com apoio do governo da Alemanha, criando milhares de empregos no país.
A Siemens ainda doará 60 milhões de dólares para software para universidades iraquianas, de acordo com a empresa.
(Por Christoph Steitz e Alexander Huebner)